Falta de meios dificulta combate a fogos florestais

Falta de meios dificulta combate a fogos florestais

30 September 2009

published by jn.sapo.pt


Portugal —

Dois incêndios florestais em simultâneo, ambos na área adstrita aos Bombeiros de Vila Mãe, colocaram, ontem, quinta-feira, os voluntários em sérias dificuldades por causa da falta de meios.

Os incêndios (um em Troixainho, Mancelos, e outro em Silvões, Mancelos), ameaçaram as várias habitações existentes nessas duas localidades do concelho amarantino.

Os voluntários de Vila Meã foram forçados a pedir auxilio a Amarante, Marco, Penafiel, Lousada e Lixa, para conseguirem juntar 20 homens, que combatessem o fogo em Silvões. Dos céus chegou a ajuda de dois helicópteros. Os restantes voluntários disponíveis (27) da corporação “da casa”, tiveram que lidar sozinhos com o incêndio do Trouxainho.

“Se não fosse o grande empenho dos bombeiros e ajuda dos helicópteros, não conseguiríamos controlar o fogo sem que houvesse danos em meios urbanos”, garantiu Albano Teixeira, comandante dos Bombeiros de Vila Meã.

As dificuldades de mobilização estão, segundo o responsável, relacionadas com a entrada ontem em vigor da Fase Delta, que reduz os grupos de intervenção florestal. Por exemplo, em Vila Meã, no Verão, há duas equipas com cinco elementos. Desde ontem, passou a existir apenas uma equipa.

“Tivemos dificuldades em atacar de início o incêndio, o que poderia ter sido fatal. São coincidências”, refere o bombeiro, justificando que não tem provas para sustentar as desconfianças quanto às origens dos incêndios. Os Bombeiros de Vila Meã, que têm a jurisdição de sete freguesias de Amarante, desde o início do ano já combateram 287 incêndios. O que representa, este ano, um aumento de 30% dos fogos florestais comparativamente com o mesmo período de 2008. A área ardida ainda não está contabilizada.


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